Caracterização sociodemográfica, clínica, qualidade de vida e funcionalidade tardia de pacientes acometidos pela COVID-19

Resumo

Introdução: Devido ao agravamento dos sintomas da COVID-19, alguns pacientes apresentam comprometimento da capacidade funcional e qualidade de vida tardiamente. Logo, torna-se importante conhecer os efeitos tardios da COVID-19. Objetivo: Descrever as características sociodemográficas, clínicas, qualidade de vida e funcionalidade tardia de pacientes acometidos pela COVID-19. Materiais e Método: Estudo transversal descritivo realizado entre setembro de 2023 a março de 2024 com 16 indivíduos que foram atendidos em um projeto de reabilitação de pacientes pós-COVID-19-19, entre 2020 e 2021 na Clínica Escola Santa Edwiges/APAE. A funcionalidade foi avaliada pelo Post-COVID-19 Functional Status Scale e qualidade de vida pelo SF-36. Resultados: Os entrevistados tinham idade média de 55,7 anos, ensino médio completo (68,8%), com companheiros (68,8%), cor parda/preta (68,8%). Os principais sintomas persistentes foram dor (43,8%) e cansaço (31,3%) e 37,5% são hipertensos. Os menores escores de qualidade de vida foram: aspectos físicos, estado geral de saúde, dor e capacidade funcional. A média da escala funcional foi de 2,6, sendo 68,8% classificados com limitação moderada a grave. Contribuição Científica: Em função dos efeitos acarretados pela persistência dos sintomas da COVID-19, o conhecimento dessas repercussões irá contribuir para o planejamento de intervenções que melhorem a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Conclusão: Boa parte dos pacientes mantêm limitação funcional e alteração na qualidade de vida. Portanto, são necessários novos estudos que analisem os efeitos tardios da COVID-19, bem como programas de promoção de estilos de vida mais saudáveis para esses indivíduos.